Era uma vez... uma linda Sementinha... Uma semente forte, bonita e bem granada.
Como toda jovenzinha, era muito vaidosa. Mas, como toda jovenzinha, também tinha muito medo de morrer. Queria viver para sempre. Pensou muito. Perguntou várias vezes a si mesma, o que devo fazer para viver para sempre?Nenhuma resposta lhe era consoladora.
Até que um dia... Aflorou a sua mente uma grande ideia... VOU SER MÃE! SIM, vou gerar uma nova vida! De mim nascerá uma nova planta. Desta planta, várias sementes. Destas sementes, mais plantas e mais sementes. E assim, em minhas filhas, serei perpétua.
A sementinha saiu a procura de um lugar propício para gerar seu filho. Enquanto caminhava, um primeiro empecilio apareceu em seu caminho: Para ser Mãe,para gerar uma nova vida, devo morrer! Precisarei deixar de ser esbelta sementinha que sou! Vou ser sulgada pela terra! Minha casquinha vai arrembentar-se! Vou adquirir uma cor feia e ser esmagada pelas raizes que surgirão. Valerá a pena ser Mãe? Nossa sementinha porem,sentiu dentro de si alguma coisa que falava mais forte: Vá não tenha medo!
Todo sacrifício é recompensado diante da grandesa de ser MÃE. Encontrou um lugar ideal... Aqui aconteceria o casamento da sementinha com a terra. Duas vidas se uniriam num grande amor para gerar novas vidas... O cupido foi forte e nossa amiguinha entregou-se de corpo e seiva a essa nova aventura do AMOR... Sentiu-se amada e protegida pelo seu amor. Deitou-se... Vou ser sulgada pela terra! Minha casquinha vai arrembentar-se!Esse amor foi criando raizes... Veio a chuva. O amor foi crescendo CRESCENDO e de repente... PLUFT!!! Que susto! Uma nova folhinha apontava, sorrindo para a vida... ERA A FILHA QUE NASCIA. Quanto medo experimentou essa mãe! E se sua filha fosse um espinheiro e ferisse quem dela se aproximasse? Poderia ser venenosa e tirar a vida de quem saboreasse seus frutos? Essa mãe torcia muito para que sua filha fosse frondosa, para em seus galhos, muitos passaros encontrassem abrigo. Para que, a sua sombra, muitas pessoas encontrassem um lugar de descanso. Para que os famintos se saciassem com seus frutos. Às vezes, nossa amiguinha pensava: Todos olham a plantinha e a admiram. Mas ninguém se lembra de mim, a semente que a gerou. Mas por que tristeza? Todos sabem que nenhuma vida é gerada ao acaso.Toda criatura se firma em alguém e em um criador. Se tantas sementes passadas não tivessem aceitado sua missão de morrer no meio da terra, eu existiria. E minha espécie já estaria extinta. Todo sacrificio tem seu dia de recompensa, de vitória.!
A sementinha sentiu,lá no fundo da terra,um perfume suave, embriagador, que vinha de cima. É a primavera! A filha está enfeitada com lindas flores. Os jovens galhinhos da filha bailam felizes com o vento. A plantinha está alegre, sorridente. Lágrimas de felicidade brotam dos olhos da sementinha e embembem a terra. O tempo foi passando... Quanta alegria para aquela mãever os ramos de sua filha se transformarem em morada de pássaros. Seus frutos, em saborosos alimentos.
Um dia, sua alegria chegou ao auge. Viu no chão, embaixo da copa de sua filha, uma linda semente. Uma forte granada. Pensou em sua juventude... Percebeu, então, que sua vida continuaria naquela sementinha. Que sua especie não teria fim... Fechou os olhos e agradeceu ao protetor da natureza pelo milagre da multiplicação da espécie. E PENSOU: Quem não aceitar se sacrificar, não será capaz de gerar vida nova!
(autor desconhecido)
São os votos da CUFA-UBERLÂNDIA a todas as Mamães Negras, Brancas, Amarelas e de todos os credos religiosos.
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