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29 de março de 2009

Panteras Negras (o filme)


Título Original: Panther

Gênero: Drama

Tempo de Duração: 123 minutos

Ano de Lançamento (EUA): 1995

Direção: Mario Van Peebles

Roteiro: Melvin Van Peebles, baseado em livro de Melvin Van Peebles



"Este é um excelente filme que procura resgatar um importante movimento de idéias, ação, organização e resistência de uma parcela da população negra estadunidense entre os anos de 65/70. Surgido em Oakland, na Califórnia, o BLACK PANTHERS PARTY FOR SELF DEFENSE (Partido dos Panteras Negras em Legítima Defesa) mostrou ser uma fantástica experiência de autogestão e luta por mudança, conseguindo aglutinar muitas pessoas para seu projeto - o programa dos 10 pontos - de autodeterminação do povo negro. Ergueram o lema ALL POWER TO THE PEOPLE (todo poder ao povo) trazendo claramente um princípio democrático e classista - por serem inspirados também por ideais comunistas - à tona. Ao ser precursor de idéias que colocavam no horizonte da prática a necessidade de controlarem seu próprio destino, agindo, politizando e melhorando sua própria comunidade (esquecida pelo Estado), o Estado burguês estadunidense sentiu-se ameaçado. O contexto geopolítico do mundo entre 65-70 era extremamente delicado, marcado por guerras, lutas operárias, movimentos contraculturais etc. A classe dominante da nação capitalista mais desenvolvida do mundo e seus governantes não poderiam deixar de estar com medo, e engrossar as ações contra quem se opusesse a sua política externa (imperialista, marcada pelas sucessivas guerras, sendo a do Vietnã a de maior destaque na época) e sua política interna (de segregação racial, violência policial, perseguição política etc).


Com o partido se expandindo e ganhando cada vez mais adeptos para realização do projeto, sedes foram abertas por vários estados do país. O status quo começava a ser ameaçado internamente por um grupo de negros organizados. Neste contexto que o Estado capitalista estadunidense declara que os Black Panthers são os inimigos públicos número um. Começa uma caçada fria e suja aos seus integrantes: perseguições, mortes, prisões forjadas, ataques às sedes, e todos os crimes de Estado que já conhecemos quando se trata de minar uma resistência e manter a "ordem" em funcionamento. Mas será que conhecemos mesmo todas as estratégias do Estado para minar uma resistência? É isso que o diretor Mario Van Peebles documenta com maestria, através de fontes, relatos históricos e documentos/informações governamentais. Se não se pode explicar que destruíram os Black Panthers apenas a partir de um fator, pois é uma série de fatores que leva a dissolução e desagregação de uma resistência organizada, pode-se dar ênfase em um dos fatores, ou seja, em uma das ações inescrupulosas do Estado estadunidense. Isso é o que fica claro ao final do filme: “As drogas matam a revolução”. Estado e máfia (tráfico) dão as mãos, integram o circuito das relações sociais capitalistas, massacrando e oprimindo as pessoas pobres. Não existe “poder paralelo”, o tráfico de drogas e a máfia organizada são extensões “não oficiais” do Estado burguês.


Vale a pena assisti-lo, pois, toda resistência deve ser lembrada; é a única forma de mantermos vivas as pessoas que se esforçaram e se sacrificaram por um mundo e uma vida melhores. Apagar da memória coletiva essas lutas é o que o Estado e a sociedade capitalista tentam constantemente fazer, porque um povo sem passado e sem memória é um povo fácil de ser dominado, tornando fácil a manutenção do status quo da exploração e degradação. Relembrar a resistência dos irmãos que já morreram é acender a centelha do presente."

Extraído [com pequenas modificações] do Zine Corrente de Força (Udia)





Assista um vídeo sobre o assunto e se informe mais a respeito:


codinome B.
Comunicação CUFA-MG (Udia)

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